Carreira | Publicada em: 18/06/2012

O mercado procura por profissionais de efeitos especiais

O aumento da produção nacional de filmes cria vagas para especialistas em computação gráfica.

 

Há algum tempo, os efeitos especiais de filmes de ficção científica e de games invadiram os outros gêneros do cinema, e até a publicidade, criando um mercado para os profissionais de computação gráfica. Nos últimos anos, esse segmento vem recrutando cada vez mais gente. Para ter uma ideia, mais da metade do filme Chico Xavier (2010), do diretor Daniel Filho, é puro efeito especial, trabalho que requer capacitação. 
 
Porém, a exemplo de outras áreas, a oferta de pessoas qualificadas para atuar não acompanhou a expansão do setor. "a principal diferença dos gringos para nós é que lá eles são uma indústria com especialistas. aqui, ainda somos artesãos e generalistas", diz Ricardo Laganaro, 33 anos, diretor de filmes e coordenador do departamento de 3D e efeitos especiais da O2 Filmes. 
 
Há dois anos a área comandada por ele não existia. Outro fator que explica o aumento da demanda por artistas de efeitos gráficos é a expectativa de crescimento da produção de filmes nacionais. em 2002, o país lançou apenas 30 fitas, ante 99 em 2011. "A gente renegava qualquer forma de cinema que se assemelhasse a Hollywood. Hoje, se percebe que é legal ter um filme bem produzido", diz alceu Batista, 41 anos, sóciofundador da Vetor zero, maior produtora brasileira, especializada em efeitos especiais. a qualificação passou a ser mais valorizada. "Quem tem condições estuda o básico aqui e se aperfeiçoa no exterior."
 
No Brasil, o salário de um modelador generalista pode variar de 3 000 a 15 000 reais. Nos Estados Unidos, um diretor técnico de efeitos especiais pode ganhar até R$8 mil por semana, e um modelador de 3D para animação, até R$3.500 mil. 
 
 
 
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