Capa da notícia
Comportamento | Publicada em: 18/06/2012

O Jovem Y tem as mesmas inquietudes dos jovens de outras épocas

Para presidente regional da consultoria LHH/DBM, o jovem atual tem baixa resistência à frustração.

Sabe aquela sensação de poder que você, jovem Y, tem quando percebe que seu chefe todo poderoso não usa o iPad, o celular ou até o bom e velho computador com a mesma facilidade que você? Pois é, isso não quer dizer nada. Pelo menos é o que podemos concluir ao ouvir a opinião de Claudio Garcia, presidente para o Brasil e a América Latina da LHH/DBM, consultoria de recolocação e transição de carreira.

 
Segundo Garcia, quando pensamos no indivíduo da geração Y, parece que estamos falando de um ET. No entanto, ele – ou você, se for o seu caso – nada mais é do que um jovem com as mesmas inquietudes e a mesma constituição física e psicológica dos jovens de outras épocas.
 
 
E se, por um lado, os jovens herdaram a evolução tecnológica das outras gerações, isso não significa que possuem mais maturidade intelectual, emocional e espiritual. “Eles nasceram sabendo mexer no computador, mas isso é apenas uma resposta aos estímulos que receberam desde pequenos”, diz.
 
 
O presidente da consultoria também afirma que o jovem de hoje tem baixa resistência à frustração. Diante de todas as opções que ele dispõe e da idealização que existe na sociedade, é mais fácil para ele mudar – de emprego, de namoro, de curso – do que enfrentar o problema e superar as dificuldades. “Ao pular de uma empresa para outra, ele só troca de local, pois o problema vai continuar existindo”, exemplificou.
 
 
É claro que a diversidade do mundo atual tem suas vantagens, afinal, o jovem tem mais liberdade para encontrar atividades profissionais atraentes – não é preciso se limitar às carreiras de engenheiro, médico, advogado ou funcionário público, como era no passado. “A juventude é um momento de múltiplas paixões, depois, vamos restringindo as opções, para investir naquelas que têm mais a ver conosco”, lembrou.
 
 
Sempre mais do mesmo – Garcia não critica apenas os jovens. Entra na roda também a forma como são realizadas as seleções e como a carreira do jovem profissional é tratada nas empresas. “Os processos seletivos são um filtro para, muitas vezes, trazer um único tipo de pessoa para a organização”, afirmou.
 
 
Ao pensar nas práticas promovidas pelas empresas para reter talentos dessa geração, ele questiona até quando as organizações vão mudar para se adaptar à juventude. Para ele, as mudanças deveriam ser motivadas, antes de tudo, pelas transformações culturais. “Os jovens profissionais precisam assimilar as rotinas de trabalho e práticas do universo corporativo, uma vez que as empresas continuarão necessitando de pessoas para realizar atividades corriqueiras”, disse.
 
 
Na sua opinião, não há abertura dos gestores para entender os interesses reais das pessoas e nem conversar sobre a vida e a carreira dos funcionários. “Uma vez dentro das empresas, as conversas com o jovem giram em torno de competências e performance.”
Ver todas as notícias
Voltar para o topo