Comportamento | Publicada em: 18/06/2012

Ensino profissionalizante pode manter jovens na escola,aposta educador

O Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) foi criado pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de vagas do ensino profissionalizante.

 

O especialista em educação João Batista Araújo e Oliveira defendeu na última quarta-feira (10) o aumento da oferta de ensino profissionalizante para ajudar a atrair os alunos para os bancos escolares. Ele foi ouvido pela Frente Parlamentar Mista da Educação. “Apenas 10% dos alunos do ensino médio no Brasil aprendem também uma profissão. No mundo desenvolvido, esse número oscila por volta dos 50%”, alertou.
 
A ampliação das vagas de ensino técnico, segundo João Batista, serviria para aumentar o salário médio dos formandos, para diminuir a evasão escolar, a distorção idade-série, além de contribuir para a qualificação da mão de obra no País.
 
Em agosto do ano passado, a Câmara aprovou projeto de lei que criou o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), com o objetivo de ampliar a oferta de vagas do ensino profissionalizante.
 
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antonio de Oliveira, em audiência pública na Câmara em maio deste ano, disse que a meta do governo para 2012 era atingir 1,6 milhão de matrículas, sendo quase 500 mil em cursos técnicos com 800 horas de duração e 1,1 milhão em cursos de formação inicial e continuada, com um mínimo de 160 horas de aulas.
 
No total, deverão ser investidos mais de R$ 4 bilhões em todo o programa, o que inclui a expansão da rede de ensino técnico, a reforma de escolas já existentes e investimentos em educação à distância, a contratação de pessoal e parceiras com instituições do Sistema S, como o Senai e o Senac.
 
O programa foi elogiado pela base aliada do governo e pela oposição durante sua tramitação, mas também recebeu críticas na palestra de hoje. “O programa canaliza recursos para os institutos federais de ensino, que são excelentes, mas destinam os melhores alunos para as universidades, não para o mercado de trabalho. Já o sistema S tenta agir com uma camisa de forças, sem flexibilidade de atuação”, disse João Batista.
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