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Saúde | Publicada em: 19/05/2020

Ex-alunos do Senac Goiás na linha de frente contra a pandemia

Conheça as técnicas em enfermagem que estão atuando no combate ao novo coronavírus

Angústia medo cansaço insegurança dúvidas esperança. Caro leitor, não se assuste. Não esquecemos as vírgulas da primeira frase. A falta de pontuação foi proposital, afinal para os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente contra a pandemia do novo coronavírus, não há pausa ou descanso entre as palavras. É tudo intenso como você realmente leu.

“Estamos lidando contra algo que ainda é novidade, por isso o nosso trabalho se torna tão difícil. Diariamente, vivemos um turbilhão de sentimentos que variam entre a ansiedade, com o desejo que tudo acabe logo, e a gratidão, por ver as pessoas que foram contaminadas se curando”, desabafou a técnica em enfermagem Ludmilla de Souza.

Ludmilla trabalha no Hospital de Campanha (Hcamp), em Rio Verde, e fez o curso de Técnico em Enfermagem no Senac Goiás. Segundo a profissional de saúde, o prazer em cuidar das pessoas foi o seu incentivo de escolher o curso. Para ela, o sorriso do paciente no momento da alta, ameniza todo o cansaço com os plantões e madrugadas em claro.

Sumara Giacomelli também é técnica em enfermagem no Hcamp de Rio Verde. Assim como Ludmilla, ela formou-se no Senac Goiás em 2017. Estressante foi à palavra que a profissional pontuou para definir o dia a dia do seu trabalho no atual cenário.

“Na verdade eu não sei se essa é realmente a palavra certa, porque o paciente fica o tempo todo em isolamento e nós precisamos assistir ele, mas para isso, a cada vez que vamos ao quarto onde ele está, precisamos colocar as EPIs (Equipamento de Proteção Individual) que levam em torno de uns dez minutos para ser colocados corretamente. Isso é feito a cada paciente assistido, várias vezes ao dia. Um cuidado que leva tempo e atenção”, destacou Sumara.

O Brasil registrou um total de 31.790 profissionais de saúde contaminados pela Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no dia 14 de maio. Desde o início, da pandemia, a pasta registrou um total de quase 200 mil casos suspeitos de infecções de profissionais da saúde. Os dados englobam médicos, enfermeiros, recepcionistas, agentes de saúde e demais profissionais da área.

Levar a contaminação para casa é o maior medo da técnica em enfermagem Vânia Bastos. Ela fez o curso no Senac Goiás em 2016, incentivada por uma ex-gestora. Atualmente, a profissional está trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde em Rio Verde. “Medo de me contaminar eu não tenho, mas tenho muito medo de levar o Covid-19 aos meus filhos, minha mãe que é de idade e para todos meus parentes”, contou.

De acordo com ela, a sociedade precisa entender a importância do isolamento social e o risco do colapso da saúde pública em Goiás. Vânia pede para todos, “fiquem em casa”. Esse é o mesmo recado da técnica em enfermagem Elisângela Sales, que trabalha no Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO), em Santa Helena de Goiás. Elisângela é mais uma ex-aluna do Senac Goiás que compõe o grupo de profissionais que atuam na linha de frente contra a pandemia.

“Evitem aglomerações, evitem sair de casa, caso seja necessário usem a máscara corretamente e lavem bem as mãos. Gente, isso não é brincadeira, não é uma gripinha, isso é muito sério. Cada dia que passa aumenta os números de casos e óbitos no país. Infelizmente não é toda a população que tem a conscientização do que estamos vivendo”, afirmou a técnica em enfermagem. 

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