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Setembro Amarelo | Publicada em: 27/09/2021

Suicídio entre idosos: a prevenção é o melhor caminho

Dados do Ministério da Saúde, apontam para a alta taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos

Ainda que subnotificado, os idosos são um grupo de maior índice de suicídio no Brasil. Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, registraram a taxa média de 8,9 mortes por 100 mil habitantes nos últimos seis anos. A taxa média nacional é 5,5 por 100 mil. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com 60 anos de idade ou mais cresceu 18,8% entre 2012 a 2017.

“O ser humano tem uma ânsia de pertencimento, quando se chega aos 70 anos, quando se pensa na sociedade, existe um momento da exclusão do idoso, muito séria que devemos colocar em pauta. Porque o indicie de suicídio, temos dois eixos centrais em questão: essa anciã de pertencimento, de fazer parte de um grupo, e a outra questão são as perdas. Imagina uma pessoa de 70 anos de idade, a quantidade de perdas que ela tem ao longo da vida, começando pelo próprio corpo, a memória, os órgãos, as demências, isso gera momentos de depressão, angustias e ansiedade”, explica a psicóloga Patrícia José.

De acordo com ela, a prevenção é o trunfo de qualquer época da vida e para o envelhecimento não seria diferente. Buscar sentido à vida é o melhor caminho para envelhecer de forma saudável. O corpo, inevitavelmente, envelhece. Mas a alma pode permanecer eternamente jovem.

Organizar as finanças, cuidar do corpo físico e manter as relações sociais são dicas preventivas para o envelhecimento saudável, de acordo com a psicóloga. “Também é fundamental evitar emoções tóxicas e nocivas, tem gente que envelhece com angustia e rancor, limpe isso ao longo da vida”, ressalta Patrícia José.  

A família e a sociedade também possuem papéis fundamentais na prevenção ao suicídio da pessoa idosa. Escutar o idoso e suas histórias contribuem para que ele se sinta valorizado e respeitado. Da mesma forma, é preciso que se mantenha a hierarquia.  “Não é porque ele envelheceu que se tornou uma criança, ele precisa se sentir importante e respeitado como quem chegou antes na família”, afirma.

Quer saber mais sobre esse assunto? Veja a entrevista completa com a psicóloga Patrícia José no vídeo abaixo:

 

 

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