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Momento Saber | Publicada em: 04/10/2023

Como a endometriose gera impacto na vida da mulher

Profissional de educação em saúde do Senac Goiás explica que para ter o diagnóstico da doença preciso ter atenção aos sinais do corpo

A saúde da mulher requer cuidados em todas as fases da vida, e logo no início da adolescência, ela precisa lidar com a menstruação, o que requer atenção e cuidado aos observar sinais dados pelo próprio corpo. A Francisley Araújo é diretora da educação infantil do Sesc Universitário, e relatou como foi parte da sua vida convivendo com a endometriose. “Desde a primeira menstruação, nunca tive um fluxo regular. Às vezes eu menstruava duas vezes no mês ou faltava um mês, outro mês novamente menstruava duas vezes ao mês, um fluxo muito intenso, com muita dor e desde então, minha mãe sempre me levou aos médicos que deram diagnósticos imprecisos”, destaca.  


A instrutora de saúde do Senac Goiás, Laryssa Misztela, explica que a endometriose é uma doença que acomete o revestimento do endométrio, que é a camada interna do útero e que deve ser expelida durante a menstruação, porém essa alteração faz com que esse revestimento encubra os ovários causando sangramentos mais recorrentes. "A partir do momento que essa mulher não consegue eliminar esse revestimento por completo, ele acaba tendo um movimento ao contrário, então, ao invés da gente ter uma menstruação normal, esse revestimento encobre essa camada e pode acabar atingindo o ovário, bexiga, intestino, ocasionando uma série de complicações para essa mulher” explana. 


De acordo com a instrutora de saúde do Senac Goiás, Laryssa Misztela não existe de fato, uma prevenção para a endometriose, mas a mulher pode notar alguns sinais e alguns sintomas que podem levar a ela procurar um médico logo nas primeiras vezes que perceber algo diferente. Se essa mulher menstrua a cada 30 dias, a cada 25 dias e ela está menstruando de 10 em 10, ou de 15 em 15, já tem algo errado. Se o fluxo dessa mulher acaba sendo maior do que o esperado, também tem algo a ser avaliado pelo médico”, explica. 


Francisley explica que ter a endometriose foi uma fase muito difícil da sua vida. “É uma doença que prejudica muito a saúde da gente, rendimento profissional pelo fato de ter tantas hemorragias e precisar faltar ao trabalho, o que também interfere na vida sexual, e além disso o seu físico também não fica bem, relata. 


Com todos esses problemas a instrutora Laryssa conta que a endometriose pode sim acarretar problemas emocionais severos. “São uma série de fatores que podem estar ligados à endometriose. A partir do momento que a mulher começa a perder sangue demais, ela vai gerando deficiências no organismo. Então, com isso, essa mulher pode ter outros tipos de doença, como anemias, além do mais, ela acaba tendo uma qualidade de vida muito inferior e isso pode gerar, por exemplo, ansiedade e depressão”, ressalta. 


A diretora da educação infantil do Sesc relata que em 2003 precisou fazer a cirurgia da retirada do útero por conta da endometriose, porque medicação já não adiantava. “Eu fiquei três meses com uma hemorragia muito grande. Tive que fazer bomba hormonal para parar o sangramento, tomar remédio para anemia para poder fazer a cirurgia e foi quando aconteceu a retirada do útero. Graças a Deus, com a retirada resolveu-se o problema porque infelizmente isso não acontece com todas as mulheres, algumas continuam com o problema da endometriose nos intestinos”, pontua. 


A instrutora Laryssa explica que o tratamento pode variar de pessoa para pessoa de acordo com os sinais e sintomas que a mulher está apresentando. “A Francisley, por exemplo, relatou que ela teve que retirar o útero porque é só a medicação não resolvia. Então nós temos mulheres que, infelizmente, a única solução vai ser a retirada desse útero, isso se esse revestimento não estiver atingido outros órgãos como o intestino ou bexiga, ou seja em alguns casos pode ser que o tratamento ainda continue mesmo que a mulher retire o útero”, explicita. 


O Momento Saber é uma iniciativa do Sistema Fecomércio Sesc-Senac, que tem por presidente Marcelo Baiocchi. O Sistema integra a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.


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